Personagens
Alguns destaques da oposição na Venezuela:
Henrique Capriles O governador do estado de Miranda é a principal liderança moderada da Mesa de Unidade Democrática (MUD). Disputou e perdeu a Presidência duas vezes, primeiro para Hugo Chávez e depois para Maduro.
Henri Falcón O governador do estado de Lara, um dos mais desenvolvidos do país, fez boa parte de sua carreira política no chavismo, mas deixou o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) em 2010.
Ramón Guillermo Avelledo Filiado ao partido cristão Copei, é o secretário-executivo da MUD desde a criação do bloco opositor, em 2008.
Henry Ramos Allup Líder da Ação Democrática, partido que, até a ascensão do chavismo, dividia a hegemonia na política venezuelana com o Copei.
Leopoldo López Há anos o líder do partido Vontade Popular se opõe ao chavismo. Está preso sob a acusação de incitar a violência no protesto de 12 de fevereiro em Caracas, quando três pessoas morreram.
María Corina Machado Teve seu mandato de deputada cassado pela Assembleia Nacional, sem chance de defesa, por ter integrado a delegação do Panamá em reunião da OEA em que a crise venezuelana foi debatida.
Antonio Ledezma O prefeito da região metropolitana de Caracas também é um veemente opositor do diálogo com o governo.
Gaby Arellano Integra a Junta Patriótica Estudantil e Popular (JPEP), que chamou de "traidores" aqueles que julgam haver condições para um diálogo.
Fonte: Agência O Globo
Diálogo
O governo e a oposição começaram na última quinta-feira o diálogo para tentar resolver a crise política no país na presença de três chanceleres da União de Nações Sul-Americanas: o brasileiro Luiz Alberto Figueiredo, a colombiana María Ángela Holguín e o equatoriano Ricardo Patiño.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs que a coalização opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e o governo busquem juntos um modelo de coexistência durante o início de um processo de diálogo, que é um espaço de debate, mas não de "pactos".
"É preciso criar um processo que nos leve à paz e a altíssimos níveis de respeito, coexistência, convivência, sobre a base da tolerância", afirmou Maduro no início dos discursos do diálogo, transmitido em rede nacional de rádio e televisão, na noite de quinta-feira (no horário local).
"Debate político, sim, com paixão; crítica entre nós, sim, com paixão; mas busquemos um modelo de coexistência que permita que a democracia venezuelana possa se fortalecer", acrescentou na reunião, da qual também participam chanceleres da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e o núncio do Vaticano em Caracas.
Maduro opinou que o encontro representa um "debate, um diálogo, um encontro com posições claras de modelo de país, de projeto de liderança". Porém, ressaltou: "Aqui não há negociações nem pactos", em alusão aos acordos tradicionais entre partidos no passado.
"Aqui, estamos somente buscando uma vontade comum de paz, de democracia, de respeito, de reconhecimento, estamos buscando, um modelo de coexistência pacífica", acrescentou.
O presidente venezuelano responsabilizou alguns setores da oposição de buscar a queda do governo com a crença de que este é "o momento da desarticulação e do colapso da revolução bolivariana", após a morte de Hugo Chávez (1999-2013).
"O primeiro pedido é para que nos conheçamos, nos reconheçamos e nos respeitemos, um respeito além do formal", disse. "É muito importante buscar o caminho do reconhecimento e não o caminho dos ataques."
Maduro reconheceu que existem problemas no país e assegurou que está "aberto para debater todos os problemas".
O líder rejeitou o "sofrimento que passaram as comunidades sequestradas pelas guarimbas (barricadas)" e ressaltou que uma coisa é o protesto e outra coisa é a violência.
"Para protestar na Venezuela há plenas liberdades e eu disse mil vezes que, se a MUD quer protestar todos os dias de todos os anos que estão por vir, podem fazê-lo", acrescentou.
No entanto, Maduro reivindicou "a condenação conjunta da violência como forma de se fazer política".
Avião brasileiro é interceptado na Venezuela
Agência O Globo
Um avião Learjet procedente do Brasil foi interceptado ontem por aeronaves da Venezuela, em território venezuelano, e há informações de que foi destruído. A aeronave decolou de Breves, no Pará, e chegou à Venezuela pela Guiana. O avião brasileiro estava com o transponder (equipamento que identifica a aeronave) desligado e não tinha plano de voo. Depois de interceptado, o avião chegou a pousar e o piloto e o copiloto conseguiram fugir. A aeronave foi queimada. Ainda não se sabe se o fogo foi provocado pelos tripulantes ou por uma ação dos venezuelanos. Avião estaria envolvido em alguma atividade ilícita. O Ministério da Defesa confirmou a interceptação da aeronave.
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