O líder encarregado da Venezuela e aspirante à Presidência, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (9) que o Palácio de Miraflores, sede do Executivo, "será transformado em um museu histórico que honrará a Revolução Bolivariana e o comandante Hugo Chávez".

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O escritório de Chávez, cuja morte no mês passado obrigou que no próximo domingo (14) sejam realizadas novas eleições, "permancerá intacto", disse Maduro, segundo a agência de notícias "AVN".

A decisão de transformar a casa presidencial em um museu histórico será um ato de "justiça com a história", acrescentou.

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Maduro detalhou que caso ganhe as eleições de domingo, seu escritório em Miraflores "estará situado em outra ala do Palácio".

"Já estou em Miraflores, a casa do povo, nunca mais a burguesia estará aqui. Em poucos minutos com a classe operária serei o presidente operário", disse o candidato e governante interino na rede social Twitter.

O palácio de Miraflores começou a ser construído com técnicas antisísmicas em 1884, sob a direção do italiano Giussepi Orsi de Mombello, e se transformou em palácio presidencial em 1900 para o então presidente Cipriano Castro.,

Castro vivia até então na vizinha Casa Amarela, um edificação centenária onde funciona na atualidade o escritório do ministro das Relações Exteriores, e se mudou devido ao terremoto de 29 de outubro de 1900.

O Palácio de Miraflores, que ocupa toda uma área no centro de Caracas, foi declarado em fevereiro de 1979 Monumento Histórico Nacional.

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Os venezuelanos participarão da novas eleições presidenciais neste domingo, dia 14 de abril, para escolher entre sete aspirantes, nos quais os favoritos são Maduro e o líder opositor Henrique Capriles.

Este é o primeiro pleito presidencial nos últimos 14 anos sem a presença de Chávez, que morreu em 5 de março por conta de um câncer após ser reeleito em outubro para o período 2013-2019.