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Nicolás Maduro durante comício em 18 de julho: eleição na Venezuela teve relatos de intimidação e violência
Nicolás Maduro durante comício em 18 de julho: eleição na Venezuela teve relatos de intimidação e violência| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu nesta quinta-feira (1º) aos EUA para que "tirem seus narizes" do país sul-americano após reconhecerem González como vencedor da eleição na Venezuela do último domingo, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado a reeleição do chavista.

"Os EUA deveriam tirar seus narizes da Venezuela, porque é o povo soberano que governa na Venezuela, que coloca, que escolhe, que diz, que decide", disse Maduro.

Pouco antes, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, divulgou um comunicado no qual disse que o governo americano concluiu, com base em "provas contundentes", que Edmundo González Urrutia foi o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho no país sul-americano.

Em resposta, Maduro disse: "O processo na Venezuela, legal, constitucional e institucionalmente, ainda não foi concluído, e os EUA dizem que têm as atas e as provas".

Ele também reiterou a denúncia de que o sistema eleitoral "sofreu um ataque brutal" com o objetivo de "impedir os resultados das eleições", razão pela qual apresentou um recurso à Câmara Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para esclarecer "tudo o que precisa ser esclarecido" sobre as eleições.

Nesta quinta-feira, a Câmara Eleitoral do mais alto tribunal venezuelano aceitou o recurso e anunciou uma investigação a fim de "certificar, de forma irrestrita, os resultados" das eleições, para as quais convocou os 10 candidatos a comparecerem em 2 de agosto.

Maduro disse que espera que "todos compareçam" e fez uma referência especial a González.

"Espero que esse senhor tenha a coragem mínima (...) necessária para assumir posições políticas e comparecer à convocação obrigatória do TSJ, onde veremos os rostos uns dos outros", afirmou.

O ditador venezuelano disse que, em uma conversa com a presidente do Supremo e também chefe da Câmara Eleitoral, Caryslia Rodríguez - uma simpatizante declarada do regime e entusiasta do chavismo -, as autoridades estão "preparadas" para apresentar todas as atas de votação, "até a última".

Por sua vez, a maior coalizão de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), afirma ter mais de 80% das folhas de contagem graças ao trabalho de testemunhas e membros das seções eleitorais, e que elas apontam a vitória de seu candidato, González Urrutia.

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