Ao mesmo tempo em que lida com protestos nas ruas, comandados pela direita, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrenta uma nova ameaça, vinda de um lugar improvável: esquerdistas da velha guarda o acusam de trair o legado socialista que o levou ao poder.
Maduro foi escolhido por Hugo Chávez como sucessor à presidência e costuma invocar o nome do ex-presidente morto, mas socialistas ortodoxos reclamam das reformas de liberalização da moeda que, segundo eles, vão contra a revolução.
As tensões entraram em destaque recentemente, quando Maduro demitiu o ministro de Planejamento, Jorge Giordani, um economista marxista cujo estilo de vida e doutrina anticapitalista lhe renderam o apelido de "monge". No entanto, Giordani não está se aposentando em silêncio.
Em um texto publicado em diversos sites, ele acusou Maduro de desfazer as conquistas de Chávez e de não ser capaz de controlar o governo, sinalizando corrupção e independência. "É doloroso e alarmante ver um presidente que não transmite liderança", afirmou o ex-ministro.
As críticas ecoam reclamações públicas de sindicatos e ex-conselheiros de Chávez, que transformaram o Aporrea um popular site pró-governo de discussão política em um fórum para ataques ousados à presidência.
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