Os adversários políticos de Nicolás Maduro, encabeçados por Henrique Capriles, se esforçam para mostrar que o herdeiro político de Hugo Chávez (1954-2013) não se compara ao ex-presidente venezuelano morto no dia 5 de março, depois de passar por um tratamento contra câncer.
Porém, independentemente do que dizem os antichavistas, parece haver ao menos um quesito em que Maduro se equipara a Chávez e este é a capacidade de falar disparates.
Na última quarta-feira, como que para coroar uma série de impropérios, o candidato chavista à presidência da Venezuela disse que a sua vitória nas urnas a eleição presidencial ocorre no dia 14 de abril será a "ressurreição" de Chávez. E essa não foi a primeira vez que ele tentou aliar campanha política e religião.
Maduro ironizou as notícias sobre o número de vezes que mencionou Chávez ao longo de março (4.543), afirmando que deveria tê-lo citado "1 milhão de vezes".
Em uma de suas afirmações mais absurdas, ele sugeriu que a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, como o primeiro sumo pontífice latino-americano teria sido resultado da influência de Chávez no céu. E ele estava falando sério.
Chávez é o tema central da campanha governista para tentar eleger Nicolás Maduro. Um vídeo, veiculado na tevê venezuelana, mostra o ex-presidente chegando ao céu para encontrar Simon Bolívar e Che Guevara.
O corpo de Chávez está em um museu em Caracas, guardado em um receptáculo de metal refrigerado que faz parte de um monumento em sua homenagem. Maduro havia prometido embalsamá-lo e expô-lo "eternamente", mas a demora em dar início ao processo frustrou esses planos.