O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que viajará neste domingo à China para pedir apoio na luta contra a queda dos preços do petróleo, em um tour que incluirá também visitas a várias nações-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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"Uma viagem muito importante para enfrentar os novos projetos nas circunstâncias vividas pela nossa pátria, de diminuição das receitas por causa da grande queda dos preços do petróleo", afirmou o presidente em um discurso televisionado.

A Venezuela produz cerca de 3 milhões de barris de petróleo diariamente, dos quais exporta 2,5 milhões principalmente à China e aos Estados Unidos. Os americanos foram acusados mais uma vez por Maduro de estarem promovendo a redução das cotações do produto no mercado internacional.

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Maduro revelou que a viagem a Pequim foi um convite do presidente da China, Xi Jinping, a quem chamou de "grande líder desta nova era mundial".

"Vamos trabalhar em projetos diversos de caráter econômico, financeiro, energético, tecnológico, educativo, para o desenvolvimento integral", acrescentou, sem dar mais detalhes.

Maduro retribuirá assim a visita que Xi fez à Venezuela em julho de 2014, quando destacou que o país sul-americano se tornou em um dos destinos prioritários para investimentos chineses.

O líder chinês lembrou na época que a Venezuela é o sétimo fornecedor de petróleo do país e o quarto maior parceiro comercial na América Latina. Os negócios bilaterais entre os dois países giraram em torno de US$ 19,2 bilhões em 2013.

O presidente da Venezuela acrescentou que participará também da reunião ministerial da China com a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), encontro que contará com a presença de outros políticos da região.

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Depois de Pequim, ele prosseguirá a viagem com visitas a vários países da Opep para seguir tentando uma "estratégia de recuperação" dos preços do petróleo.

Além de buscar fórmulas que permitam interromper a queda das cotações, Maduro afirmou que pretende também fortalecer e unificar a Opep.