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Venezuela

Maduro volta atrás e não expulsará embaixadora da UE

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Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: Marcelo Garcia/Palácio Miraflores/AFP)

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O regime de Nicolás Maduro voltou atrás e decidiu permitir a permanência da embaixadora da União Europeia na Venezuela, anunciou a UE e comunicado nesta quinta-feira (2).

Isabel Brilhante Pedrosa foi declarada persona non grata na Venezuela nesta segunda-feira (29), logo depois que a UE emitiu sanções contra 11 parlamentares chavistas. Ela deveria deixar o país em 48 horas, mas a decisão foi revertida depois de um telefonema entre Josep Borrel, Alto Representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros, e Jorge Arreaza, ministro de Relações Externas de Maduro.

Um comunicado conjunto afirma que ambos os lados concordaram com "a necessidade de manter a estrutura das relações diplomáticas, especialmente nos momentos em que a cooperação entre ambas as partes pode facilitar o caminho do diálogo político". Eles também concordaram em promover contatos diplomáticos entre as partes ao mais alto nível, "dentro da estrutura de cooperação sincera e respeito ao direito internacional".

Sanções

A União Europeia impôs sanções nesta segunda-feira contra 11 deputados da Assembleia Nacional que, sob ordens de Maduro, tentaram tomar o controle do parlamento em janeiro para retirar da presidência do órgão legislativo Juan Guaidó, que é reconhecido como presidente interino da Venezuela por dezenas de países.

Entre eles está o deputado Luis Parra, que foi eleito presidente da AN em uma sessão esvaziada e cheia de irregularidades.

"Os indivíduos adicionados à lista [de sanções] são responsáveis notadamente por agir contra a Assembleia Nacional, que funciona democraticamente, inclusive retirando a imunidade parlamentar de vários de seus membros, mesmo de seu presidente, Juan Guaidó. Ações que motivaram a decisão também incluem perseguições por motivos políticos e a criação de obstáculos para uma solução política e democrática para a crise na Venezuela, assim como graves violações a direitos humanos e restrições de liberdades fundamentais, como a liberdade de imprensa e de expressão", afirma comunicado do Conselho Europeu.

Com essa medida, 36 funcionários chavistas estão sob sanções da União Europeia que incluem proibição de viagens e congelamento de ativos.

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