Kate McCann, mãe de Madeleine, disse que chegou a se sentir culpada pelo desaparecimento da filha. A declaração foi feita para a revista de variedades portuguesa "Flash!", antes de ela e o marido, Gerry, serem formalmente considerados suspeitos pela polícia portuguesa.
"Por um período, me senti culpada pelo que aconteceu com ela. Me culpei por ter achado que o lugar era seguro", disse Kate, em afirmações também reproduzidas por jornais ingleses.
Ela comentou ainda que "nunca duvidou" que alguém seqüestrou a filha do apartamento em Portugal. E reafirmou a inocência deles.
"Alguém fez isto, mas não fomos nós", disse. "E tenho certeza que ela não saiu andando daquele quarto", completou.
Kate contou ainda um pouco sobre como era Madeleine, hoje com 4 anos, quando tinha seis meses.
"Ela chorava cerca de 18 horas por dia. Eu tinha que ficar carregando quase o tempo todo", afirmou ela, comentando sobre as crises de cólicas da filha. Kate comentou ainda que, apesar de Madeleine ter reclamado por atenção após o nascimento dos gêmeos, ela gostou dos irmãozinhos.
Nesta terça-feira (18), o novo porta-voz do casal leu uma declaração perto da casa dos pais, em Rothley, na Inglaterra.
"Sugerir que eles causaram algum dano a Madeleine de modo acidental ou de qualquer outra forma é ridículo. Seria irrisório se não fosse tão grave", afirmou Clarense Mitchell. "Agora o foco deve sair das especulações desenfreadas, infundadas e incorretas dos últimos dias para voltar para Madeleine. A tarefa é simplesmente encontrá-la", continuou.
O porta-voz insistiu em que os McCann pedem a todos que continuem alerta porque acreditam firmemente que a menina "ainda poderia estar viva".
Mitchell, que passou quase um mês com o casal em Portugal - entre maio e junho -, enquanto representava o Ministério de Assuntos Exteriores do Reino Unido, disse que há "explicações sumamente inocentes" para qualquer coisa que a polícia possa ter achado durante as investigações.
Porta-voz da família
O novo porta-voz da família assegurou que durante o tempo em que esteve com o casal em Portugal, quando chegou a ficar com eles "até 14 horas ao dia", não viu nem ouviu nada que gerasse "preocupações ou suspeitas".
"Tudo o que presenciei foi uma família encantadora que tinha se afundado na situação mais espantosa, a de dois pais tentando administrar sua perda", acrescentou Mitchell, que pediu aos meios que não divulguem imagens dos irmãos mais novos de Madeleine, os gêmeos Sean e Amélie.
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