A mãe da brasileira Dulce Blank, 50, uma dos 21 sobreviventes ao naufrágio de uma lancha no mar do Caribe, no litoral da Nicarágua, neste sábado (23), afirmou na tarde deste domingo (24) que ainda aguarda notícias da filha.
“Estou louca para ouvir a voz dela”, disse Leni Bammann, viúva e moradora de São Lourenço do Sul (a 201 km de Porto Alegre). “Desde o acidente ainda não nos falamos. Só nos comunicamos antes, quando ela ainda não tinha embarcado”, afirmou.
O acidente deixou 13 pessoas mortas e, segundo agências de notícias, foi provocado pelos fortes ventos na região, que fizeram a embarcação tombar entre Corn Island e Little Corn Island, duas ilhas paradisíacas da Nicarágua.
Entre os sobreviventes há 13 costa-riquenhos, dois britânicos, dois americanos, três nicaraguenses e a brasileira -além de um tripulante. Já o capitão da lancha foi preso por ter zarpado sem autorização devido às condições climáticas.
Leni contou que soube que a filha está bem por meio de um amigo na Costa Rica. Antes, ela soube da notícia do naufrágio na manhã deste domingo, após ser avisada por conhecidos que viram as notícias na internet.
“Ela [Dulce] é muito sensível e não deve estar se sentindo bem com essa tragédia. Psicologicamente, ela deve estar muito abalada”, afirmou Leni.
Dulce Blank mora há dez anos em Santa Ana, na Costa Rica, onde ensina língua portuguesa e cultura brasileira no CEB (Centro de Estudos Brasileiros).
Ela passava as férias sozinha na Nicarágua quando ocorreu o acidente.
“Ainda estou um pouco apreensiva, mas sei que ela está bem. Eles estão voltando para a Nicarágua hoje [domingo] e amanhã já estará de volta à Costa Rica”, disse. “Vou ficar aqui, torcendo e aguardando o contato”, afirmou.
Dulce Blank tem três filhos, de 13, 22 e 24 anos. Leni afirmou que acabou de chegar da Costa Rica, onde visitou a filha e comemorou seu aniversário no começo de janeiro. “Ainda estou estudando se vou pra lá”, disse.
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