O presidente palestino Mahmoud Abbas pediu o apoio financeiro dos países árabes para ajudar os palestinos a lidar com as "pressões e ameaças" de Israel e seus aliados que, segundo ele, eram um risco para seu plano de buscar a aprovação da ONU como Estado-membro em setembro.
A Autoridade Palestina enfrenta uma crise financeira que obrigou a entidade a cortar salários pela metade em julho. Políticos identificaram a redução da ajuda financeira árabe como principal causa.
A crise ressaltou a fragilidade financeira da Autoridade Palestina, altamente dependente da ajuda externa, no momento em que Abbas inicia uma ofensiva diplomática, contrariada pelos Estados Unidos. Os EUA são um dos principais doadores para os palestinos e um dos principais aliados de Israel.
Em comentários publicados no jornal saudita Al-Watan, Abbas disse que os palestinos enfrentavam pressão de Israel e seus aliados para impedi-los de realizar sua ação diplomática na reunião da Assembleia Geral da ONU em setembro, em Nova York.
"Não tivemos o apoio político e financeiro dos países árabes necessários para superar esse período delicado. Essas pressões e ameaças continuam e reduzem as chances de sucesso", disse Abbas, sem especificar quais eram essas ameaças.
Apesar das pressões, ele disse estar comprometido em seguir adiante com a ofensiva diplomática.
Abbas quer pedir a condição de Estado-membro da ONU para a Palestina na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental, territórios capturados por Israel na Guerra do Oriente Médio em 1967.
Os Estados Unidos devem usar seu poder de veto no Conselho de Segurança para bloquear a medida, que eles acreditam irá prejudicar seus esforços para negociar o fim do conflito através da criação de um Estado Palestino ao lado de Israel.
Diante da possibilidade de um veto dos EUA, os palestinos também estão planejando buscar uma resolução da Assembleia Geral promovendo sua condição na ONU ao de Estado não-membro. Esse pedido, que não precisa da aprovação do Conselho de Segurança, deve ser aprovado.
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