Quarta maior economia do mundo e a maior da Europa, a Alemanha entrou oficialmente em recessão. Dados revisados do Departamento Federal de Estatísticas apontaram que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão sofreu contração de 0,3% no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores, quando a retração foi de 0,5%.
Considera-se que um país entra em recessão técnica quando acumula dois trimestres consecutivos de contração econômica.
A inflação exerceu grande influência na retração do PIB da Alemanha: os dados oficiais apontaram que, devido à alta nos preços, os gastos das famílias tiveram redução de 1,2% no primeiro trimestre, enquanto os do governo caíram 4,9% na comparação com os três meses anteriores.
Em um evento em Berlim nesta quinta-feira (25), o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, argumentou que a alta dependência que o país tinha das exportações de energia da Rússia e as tentativas de substituí-las provocaram a recessão, mas destacou que as projeções do PIB eram piores do que os números que apareceram no resultado final. “Estamos lutando para sair desta crise”, disse Habeck.
A recessão, porém, ocorreu após um inverno considerado ameno, que exigiu menor utilização de gás para aquecimento residencial.
“O clima ameno neste inverno, uma recuperação na atividade industrial, ajudada pela reabertura chinesa, e uma diminuição dos atritos nas cadeias de suprimentos não foram suficientes para tirar a economia da zona de perigo da recessão”, afirmou o chefe global do banco ING, Carsten Brzeski, em entrevista à Reuters.
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