Duas aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram na manhã de deste domingo (29) para Santiago, capital chilena, com 28 militares a bordo para auxiliar no combate ao pior incêndio da história no Chile. Em nível nacional ainda se mantêm 118 incêndios ativos, dos quais 59 são combatidos, 51 foram controlados e 8, extintos. Mais de 40 pessoas já foram detidas suspeitas de terem provocado os focos.
Na última semana, o presidente Michel Temer ofereceu ajuda ao Chile. Pelo Twitter, o presidente disse que determinou às autoridades brasileiras que o “governo brasileiro preste toda ajuda possível” aos chilenos.
Os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores estão prestando apoio ao combate aos incêndios florestais no Chile por meio do Comando da Aeronáutica. As aeronaves decolaram da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério da Defesa, um dos aviões C-130 Hércules da FAB está equipado com o sistema MAFFS (sigla em inglês de Modular Airbone Fire Fighting System). O outro transporta os materiais de suporte, tais como compressor, piscinas para abastecer de água a aeronave e equipamentos de manutenção.
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Leia a matéria completaMais de 40 detidos
Mais de 40 pessoas foram detidas até este domingo como suspeitas de terem provocado os incêndios no Chile, cuja força começava a ceder depois de terem arrasado milhares de hectares.
A Polícia chilena prendeu 43 pessoas “por sua responsabilidade eventual em incêndios florestais” que afetam sete regiões do centro e do sul do Chile na maior catástrofe florestal da história do país, informou a presidente Michelle Bachelet ao fazer um balanço da tragédia.
A maioria dos suspeitos foi detida nas regiões de O’Higgins (Sul), Maule (Norte) e Biobío (Sul), as mais afetadas pelo fogo, onde a Justiça local já apresentou acusações contra eles por provocar incêndios. As penas para estes crimes chegam aos 20 anos de prisão.
“Estamos certos de que houve intencionalidade em alguns dos focos; vamos seguir as responsabilidades até o final”, afirmou Bachelet.
Embora 90% dos incêndios no Chile sejam causados pelo homem, na atual situação, as chamas também foram avivadas por fortes ventos, altas temperaturas e uma seca que castiga as zonas afetadas há oito anos.
Os incêndios deixaram cerca de três mil desabrigados, dezenas de povoados arrasados e mais de mil residências destruídas, segundo um último informe da Corporação Nacional Florestal (Conaf).
O número de hectares afetados diminuiu de 396 mil para 351 mil, o que, segundo as autoridades, indica uma diminuição da força do avanço do fogo.
“Temos uma situação que tem melhorado devido às ações de combate que vimos tendo”, declarou Aaron Cavieres, diretor da Conaf.
Quinhentos e vinte mil hectares foram destruídos durante a temporada 2016-2017, iniciada em julho passado, 4.776% a mais que no período compreendido entre 2015 e 2016.
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