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Luz da Manhã

Maior livraria cristã da China fecha as portas após pressão do regime

Espaços cristãos são frequentemente alvos de pressão do regime comunista na China (Foto: EFE/EPA/ADEK BERRY / POOL)

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A maior livraria cristã em atividade na China, chamada Luz da Manhã, fechou suas portas no mês passado, em Pequim. Pessoas familiarizadas com o assunto dizem que o motivo é a crescente pressão do regime de Xi Jinping, segundo informações do China Aid, site que acompanha a perseguição a cristãos no gigante asiático.

Fundada em 2004, a livraria primeiramente foi uma organização sem fins lucrativos focada em promover a literatura cristã na China. Posteriormente, a Luz da Manhã apoiou e criou uma rede com mais de 200 livrarias em todo o país, com o mesmo propósito, colaborou na distribuição de livros e organizou palestras e treinamentos sobre diversos temas conectados ao cristianismo, como casamento, formação de família e comportamento cristão no ambiente de trabalho.

De acordo com o China Aid, a livraria também promoveu grupos de leitura temáticos para incentivar debates sobre vida espiritual, o que acabou gerando uma influência da organização em Pequim e em cidades onde seus trabalhos eram desenvolvidos.

Esse impacto chamou a atenção do regime chinês, nos últimos anos, em meio a uma crescente onde de repressão à prática religiosa no país asiático. Desde 2013, a ditadura de Xi realizou diversas inspeções em espaços usados pela livraria em toda a China.

O vice-gerente geral da livraria, Li Wenxi, chegou a ser preso pela polícia da província de Shanxi, em 2013, sob a acusação de realizar "operações comerciais ilegais". Ele foi condenado a dois anos de prisão em maio daquele ano.

Espaços religiosos são alvos frequentes do regime chinês, que aumentou o controle sobre a prática religiosa durante os anos da ditadura de Xi. Igrejas têm suas atividades constantemente vigiadas por infiltrados do Estado e muitos líderes religiosos são presos sob acusações de infringirem a lei chinesa - recentemente, dezenas de pastores e líderes da maior comunidade evangélica presente no país, a Igreja Zion, foram detidos.

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