A quantidade de americanos favoráveis à proibição da posse de armas de fogo por pessoas que não sejam policiais ou outros profissionais autorizados chegou ao nível mais baixo já registrado, segundo revela uma pesquisa do Instituto Gallup divulgada ontem nos Estados Unidos.
Apenas 26% dos norte-americanos são favoráveis à proibição. Em 1959, 60% da população dos Estados Unidos eram favoráveis ao banimento da posse de armas. O nível mais alto de rejeição foi atingido em 1975, quando 70% dos entrevistados se diziam a favor da proibição.
Pela primeira vez, a pesquisa revelou uma oposição maior que o apoio ao banimento de armas semiautomáticas e rifles: 53% contra o banimento e 43% favoráveis. Quando esta questão começou a ser feita, em 1996, os números eram praticamente o inverso: 57 favoráveis à proibição e 42% contra.
O Congresso dos EUA aprovou essa proibição em 1994, mas a lei expirou dez anos depois e não foi renovada. Quando a lei expirou, em 2004, os americanos estavam bem divididos sobre essa questão.
O apoio em tornar a legislação sobre armas "mais rigoroso" também está em seu nível mais baixo, de 43%. Dos entrevistados, 44% preferem que a legislação permaneça como está, enquanto 11% preferem uma legislação mais branda.
A preferência geral dos norte-americanos é que o governo tenha mais rigor na aplicação da legislação já existente (defendido por 60%), em vez de alterar a lei (defendido por 35%). Essa proporção tem se mantido constante desde que a pergunta foi introduzida na pesquisa, em 2000.
A pesquisa sobre a opinião dos norte-americanos com relação ao porte de armas é realizada anualmente pelo Instituto Gallup. Neste ano, as entrevistas foram feitas de 6 a 9 de outubro.