A maioria dos idosos nos Estados Unidos afirma ser sexualmente ativa e garante que as relações íntimas são muito importantes para eles, segundo um estudo divulgado pela revista "New England Journal of Medicine". O estudo sustenta que as pessoas de 57 a 85 anos continuavam praticando sexo, pelo menos durante os 12 meses anteriores à pesquisa. O interesse se mantém apesar da elevada taxa de problemas sexuais.

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Segundo os pesquisadores, a condição física causa mais problemas nas relações sexuais do que a idade. Entre os idosos que se encontravam em excelente estado de saúde, 81% dos homens e 51% das mulheres se disseram ativos sexualmente.

O estudo aponta fatores como o diabetes e a hipertensão como fortemente associados aos problemas sexuais em casais de idade avançada. Apesar das dificuldades, a maioria nunca procurou ajuda profissional para resolver seus problemas.

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"Descobrimos que, apesar da alta incidência de problemas, a maioria nunca falou de sexo com um médico", apontou Stacy Tessler, pesquisadora da Universidade de Chicago e diretora do estudo. Só 38% dos homens e 22% das mulheres tinham tocado no assunto com um médico depois dos 50 anos.

Em conseqüência da falta de educação sexual para os idosos, os pesquisadores se mostraram preocupados com o fato de que cerca de 15% dos novos infectados pelo vírus da aids (HIV) nos EUA estão acima dos 50 anos.

Cerca de metade dos 3.005 homens e mulheres entrevistados reconheceu pelo menos um problema sexual. Dos homens que disseram ser sexualmente ativos, 53% sofrem problemas de ereção, segundo o relatório. As mulheres apontaram como maiores problemas a falta de apetite sexual (43%), dificuldade de lubrificação (39%) e incapacidade de chegar ao orgasmo.

Enquanto 73% dos pesquisados entre 57 e 64 anos são ativos sexualmente, a taxa diminui para 53% na faixa de 65 a 74 anos, e 26% dos 75 aos 85. As mulheres reconheceram ser menos ativas que os homens e manter menos relações íntimas. Em parte, devido ao maior número de viúvas que de viúvos.