A maioria dos israelenses apóia negociações com militantes palestinos sobre o soldado seqüestrado e concordaria em soltar prisioneiros mantidos pelos Estado judaico para assegurar a sua libertação, mostrou uma pesquisa de opinião nesta sexta-feira.

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Aviões de guerra israelenses atacaram Gaza nesta sexta-feira, incendiando os escritórios do Ministério do Interior do governo palestino, chefiado pelo Hamas, em um esforço para assegurar a libertação do cabo Gilad Shalit, de 19 anos, que foi capturado por militantes em um ataque no domingo.

Uma pesquisa publicada pelo jornal israelense Yedioth Ahronoth mostrou que 53% dos israelenses entrevistados disseram que o país deveria manter negociações para assegurar a libertação do militar, enquanto que 43% apoiavam a operação militar.

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O jornal egípcio "Al-Ahram" disse que o grupo islâmico Hamas tinha que dar uma "aprovação condicional" para a libertação de Shalit.

Enquanto Israel refreou temporariamente um anunciado ataque por terra no norte de Gaza, dando aos egípcios tempo de mediação, não houve sugestão de que o país aceitaria receber demandas dos militantes, que querem que Israel liberte prisioneiros palestinos.

A pesquisa do Yedioth também mostrou que 58% dos entrevistados apoiariam uma libertação de prisioneiros se ficasse claro que os militantes iriam, de outra maneira, matar o soldado, enquanto 35% se opõem a isso.

A imprensa israelense citou fontes de defesa de Israel dizendo que o premiê do Hamas, Ismail Haniyeh, poderia se tornar um alvo se Shalit fosse morto.

Cinqüenta e um por cento dos entrevistados se opõem a uma tentativa de assassinato de Haniyeh, enquanto 41% são favoráveis.

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A crise é o teste mais sério para o governo do premiê Ehud Olmert, que subiu ao poder em maio.

Cinqüenta e três por cento dos entrevistados acham que Olmert está se saindo bem como primeiro-ministro e 43% acham que não.

O levantamento também mostrou que se houvesse eleições agora, o número de assentos ocupados pelo partido Kadima, de Olmert, no Parlamento de 120 membros, cairia de 29 para 24. O número de assentos ocupados pelo segundo maior partido, o Trabalhista, também cairia de 19 para 15.