A Turquia removeu outros 14 chefes de unidades policiais de seus cargos em meio a uma investigação em curso sobre as denúncias de corrupção e suborno no governo, informou hoje a imprensa local.

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A polícia turca comandou uma operação anticorrupção que levou à detenção de homens de negócios próximos ao primeiro-ministro Tayyip Erdogan, bem como filhos de três ministros.

O chefe de polícia de Istambul foi demitido ontem, assim como mais de dez de outros chefes de unidades policiais. Erdogan classificou a operação como "suja" e que visa minar seu governo islamita moderado, no poder desde 2002.

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Hoje, foram mais 14 policiais removidos, segundo os canais NTV e CNN Turk.Também hoje, o procurador de Istambul acusou e prendeu oito pessoas, que haviam sido detidas na operação anticorrupção, indicou a imprensa local.

As acusações são as primeiras pronunciadas pela Justiça turca desde a detenção, na terça-feira, de cinquenta pessoas, entre elas os filhos de três ministros Economia, Interior e Meio Ambiente, o presidente do banco público, Halk Bankasi, e empresários.

As pessoas acusadas pelo procurador, cujas identidades não foram reveladas, são suspeitas de corrupção e fraude, segundo a imprensa. Os demais detidos, em prisão preventiva, comparecerão à procuradoria ainda hoje.

A quatro meses das eleições municipais, esta operação provocou uma verdadeira tempestade política na Turquia e colocou em uma posição muito incômoda Erdogan, que fez da luta anticorrupção um de seus estandartes.

Muitos analistas consideram o caso como uma prova do divórcio entre o governo e a organização do pregador muçulmano Fetullah Gülen, muito influente na polícia e na Justiça.

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Esta organização, durante muito tempo aliada do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), no poder há 11 anos, entrou em guerra com o governo devido a um projeto de eliminação de centros privados de apoio escolar, de onde obtém boa parte de suas receitas.