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Regime sandinista

Mais 15 ONGs são fechadas pelo regime da Nicarágua; total desde 2018 passa de 3,6 mil

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega (Foto: EFE/Presidência da Nicarágua)

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O regime da Nicarágua cancelou nesta terça-feira (23) o status legal de novas 15 ONGs, elevando para mais de 3,6 mil o total de entidades desse tipo proibidas no país desde dezembro de 2018.

A dissolução dessas organizações foi aprovada em Manágua pela ministra do Interior da ditadura sandinista, María Amelia Coronel, segundo dois acordos ministeriais publicados no diário oficial da Nicarágua, La Gaceta.

O Ministério do Interior informou que fechou unilateralmente nove ONGs por “não cumprirem as leis que as regulamentam” e as outras seis porque teriam “solicitado sua dissolução voluntária”.

Entre as 15 ONGs canceladas estavam a Câmara Nacional de Micro, Pequenas e Médias Empresas, a Associação de Proprietários de Pequenos Hotéis da Nicarágua, a Associação de Companhias Aéreas, além de entidades cristãs evangélicas.

Em relação à liquidação dos ativos dessas organizações, o Ministério do Interior indicou que a Procuradoria-Geral da República será responsável pela transferência dos bens móveis e imóveis para o Estado nicaraguense, exceto no caso das que “solicitaram a dissolução voluntária”.

Com o fechamento dessas 15 ONGs, mais de 3,6 mil organizações desse tipo foram dissolvidas após os protestos populares que eclodiram em abril de 2018 contra o regime de Daniel Ortega.

Alguns deputados que apoiam a ditadura, como Filiberto Rodríguez, acusaram as ONGs afetadas de usarem recursos de doações que receberam para tentar “derrubar Ortega nas manifestações”.

Políticos do regime também alegam que a ilegalização dessas ONGs faz parte de um “processo de regularização”, pois nem todas as 7.227 registradas na Nicarágua em 2018 estavam em funcionamento.

A Nicarágua vive uma crise política e social desde abril de 2018, que se acentuou após as controversas eleições gerais de 7 de novembro de 2021, nas quais Ortega foi “reeleito” para um quinto mandato, que também é o quarto consecutivo e o segundo tendo a própria esposa, Rosario Murillo, como “vice-presidente”. Além disso, os principais opositores estavam na prisão ou no exílio. (Com Agência EFE)

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