• Carregando...

Brasília - O Exército informou ontem que o reforço de 750 militares brasileiros para integrarem a missão humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti deve desembarcar por lá até o início de março. Segundo o comando do Exército, esses militares são do batalhão de infantaria e a maioria esteve em outras missões no Haiti e vão atuar na distribuição de alimentos, nas ajudas às vítimas do terremoto e nas medidas de reconstrução do país caribenho.

A expectativa é de que outros 150 militares da Polícia do Exército também sejam deslocados para o Haiti. Outros 400 devem ficar de prontidão para seguirem ao Haiti se o governo brasileiro considerar a necessidade de um novo reforço de contingente.

Há duas semanas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade o envio de mais 3.500 militares e policiais que fazem parte da missão de estabilização que o organismo internacional mantém no Haiti.

A medida aprovada pela ONU prevê o envio de mais 2 mil soldados extras – que devem se juntar aos 7 mil soldados das tropas de paz já destacados no país – e ou­­tros 1.500 policiais aos cerca de 2.100 homens da força policial internacional que já atuam no Haiti.

Tropas

O aumento das tropas brasileiras no Haiti faz parte do decreto aprovado na segunda-feira passada pelo Congresso, autorizando o envio de mais 1.300 militares ao país.

A comissão representativa da Câmara e do Senado – convocada para votar em caráter emergencial o reforço de tropas para ajudar na reconstrução do país caribenho – aprovou no sábado mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o pedido para aumentar o contingente dos militares.

O Legislativo também aprovou voto de pesar pela morte de Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança; do chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa; e de 18 militares.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que o reforço das tropas mostra a liderança brasileira. "O Brasil tem de pagar o preço pela sua grandeza. O Brasil, sendo o maior país da América do Sul, pelo peso da sua grandeza, tem o custo e isso nós devemos pagar. Para as Forças Armadas é muito importante que tenhamos também participação internacional em favor da paz do mundo inteiro", afirmou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]