Mais dois corpos de guardas de fronteira do Cazaquistão foram descobertos num posto fronteiriço incendiado perto da fronteira com a China, informou o serviço de guarda de fronteira nesta sexta-feira, elevando para 15 o número de mortos no incidente.
"O número total de mortos é de 14 militares e um civil - um encarregado de caça de uma reserva de caça local", disse o serviço em um comunicado.
"As forças de guardas de fronteira, órgãos de segurança nacional e a polícia continuam as suas ações de investigação e busca", informou o serviço, acrescentando que os mortos seriam enviados para a capital Astana para autópsia por peritos forenses.
O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, disse que o incidente se tratava de um "ato terrorista", mas não elaborou sobre quem seria responsável ou qual seria a motivação.
O serviço de guarda de fronteira disse na quinta-feira que corpos carbonizados foram encontrados em um posto de fronteira incendiado no sudeste do país.
Uma autoridade da guarda de fronteira informou que quinze guardas estavam designados para o posto. Ele não disse se os mortos supostamente morreram no incêndio ou antes. O destino de um oficial desaparecido ainda é desconhecido.
O Cazaquistão, que ganhou a independência da União Soviética em 1991, compartilha uma fronteira de 1.530 quilômetros com a China e as exportações para o país vizinho somaram mais de 16 bilhões de dólares no ano passado, mais de 18 por cento de suas receitas totais de exportação.
Não existe um histórico de violência pós-soviética na fronteira.
Agências de notícias locais disseram que o posto de fronteira foi reforçado durante os meses de verão para proteger contra a coleta ilegal de espécies raras de plantas medicinais que crescem na região.
Na última segunda-feira, 28 de maio, foi o feriado anual da era soviética para os guardas de fronteira, um evento ainda comemorado em ex-países soviéticos. Os corpos foram descobertos em 30 de maio.