A Polícia Federal informou nesta terça-feira (22) que 10.079 venezuelanos deram entrada em sua regularização no país desde 1º de abril, o equivalente a 20% dos pedidos de cidadãos do país caribenho nos últimos três anos.
A cifra, porém, representa um quinto das cerca de 50 mil pessoas vindas do vizinho que entraram no Brasil desde 2016 por Roraima, que está em emergência social e recebe ajuda federal para lidar com o fluxo migratório.
Segundo o departamento, desde 2015 38.567 venezuelanos solicitaram a legalização no Brasil, das quais 29.202 na modalidade de refúgio, 9.466 residência e 9.978 agendamentos para a realização de um desses trâmites.
O crescimento é registrado após o governo federal ter flexibilizado as regras de documentação para os venezuelanos que pedem a residência temporária no país, assim como as normas para a residência permanente.
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Os números foram revelados pelo coordenador-geral de polícia de imigração da PF, Alexandre Patury, em reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial, órgão criado para lidar com a crise na fronteira com a Venezuela.
Em nota, o Ministério da Casa Civil informou que será instalado um centro de triagem na fronteira em Pacaraima (RR) para acelerar a regularização dos venezuelanos, vaciná-los e oferecer tratamento médico.
A medida causa preocupação de organizações pró-migração e de direitos humanos pelo risco de que a estrutura seja usada como uma forma de impedir o acesso das pessoas que fogem da crise humanitária no país vizinho.
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Nas contas do ministério, há de 4.000 a 7.000 refugiados em condição de vulnerabilidade. Desde abril o governo federal também transportou cerca de mil venezuelanos para outros estados, como Amazonas e São Paulo.
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