Mais de 100 manifestantes curdos invadiram nesta terça-feira (7 a sede do Parlamento Europeu (PE) em Bruxelas para protestar pela passividade da União Europeia (UE) diante dos ataques terroristas do Estado Islâmico (EI).
Os manifestantes, que há vários dias protestam em uma praça próxima da sede da Eurocâmara, entraram à força pelo portão principal da instituição e as autoridades belgas mobilizaram um grande contingente de policiais.
Em seguida, subiram até o terceiro andar, a parte mais movimentada do PE, já que liga os diferentes edifícios que compõem a Eurocâmara.
Um grupo de eurodeputados se ofereceu para receber os manifestantes.
Os curdos protestam pelo "massacre" realizado pela organização terrorista Estado Islâmico na cidade curda de Kobani, no norte da Síria e próxima da fronteira com a Turquia, no dia 15 de setembro, segundo um comunicado que eles distribuíram para a imprensa.
Também disseram que estão realizando greves de fome como protesto e enfatizaram que já são mais de 10 mil curdos "nas ruas da Europa para que os países ocidentais se deem conta do que ocorreu em Kobani".
No mesmo texto, reivindicam que a UE "apoie o povo curdo contra os ataques do EI e que atuem com urgência para prevenir o que será um genocídio do povo curdo em Kobani", onde centenas de pessoas fugiram de seus lares em direção à parte turca da fronteira.
A porta-voz dos manifestantes, Keje Kotluk, insistiu que "os governos belga e de outros países europeus não podem ficar cegos" diante das atrocidades dos jihadistas do EI, que "estão bem equipados e utilizam armas procedentes do Ocidente", publicou o jornal "Le Soir" em seu site.
Essa cidade, um dos três principais enclaves curdos da Síria, vem sendo cenário de violentos enfrentamentos nas últimas horas, depois que os combatentes do EI entraram no perímetro urbano pelos lados leste e sudoeste.
Durante os enfrentamentos contra as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG, sigla em língua curda), os jihadistas foram obrigados a recuar pelas ruas do leste, mas continuam no interior da cidade, relatou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
As milícias curdas são um dos principais oponentes do EI no Iraque e na Síria, onde a organização extremista sunita proclamou um califado em junho.
Os manifestantes curdos que realizaram outras ações similares em vários aeroportos europeus nas últimas horas pedem também ajuda militar e humanitária em favor dos moradores de Kobani.
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