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Desmobilização

Mais de 100 guerrilheiros das Farc se entregam na Colômbia

Um grupo de 103 guerrilheiros urbanos da principal força rebelde de esquerda da Colômbia se entregou na quarta-feira, na maior desmobilização desse movimento insurgente durante o governo do presidente Alvaro Uribe, informou a polícia.

A entrega dos integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ocorreu na cidade de Cali, a 250 quilômetros a sudoeste de Bogotá.

``Os operativos e pressão da Força Pública os obrigou a retornar à vida civil'', informou um comunicado da Polícia Nacional.

Os guerrilheiros, que entregaram 34 armas de fogo, 70 granadas, munições e explosivos, controlavam alguns setores de Cali e de Buenaventura, o principal porto colombiano no Oceano Pacífico.

Uribe iniciou em 2003 uma negociação de paz com os esquadrões paramilitares de ultradireita, que permitiu que mais de 31.000 combatentes desses grupos armados ilegais, acusados de massacrar milhares de civis, depusessem as armas.

Com o Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda força guerrilheira do país, manteve contatos de paz em Cuba, com o objetivo de assentar as bases para iniciar uma negociação, mas com as Farc não havia conseguido nada.

Em seu primeiro mandato, antes de ser reeleito em 2006, Uribe lançou um programa para promover a deserção dos integrantes da guerrilha e dos paramilitares com um plano que oferece proteção, um subsídio econômico, saúde e capacitação de trabalho.

Apesar das críticas ao programa, mais de 11.000 integrantes de grupos armados ilegais, a maioria da guerrilha, abandonaram a luta armada.

A Colômbia enfrenta um conflito interno violento de mais de quatro décadas.

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