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Serviços de emergência trabalham no local do acidente do avião da Cubana de Aviación, que caiu logo após de decolar do aeroporto de Havana | ADALBERTO ROQUE/AFP
Serviços de emergência trabalham no local do acidente do avião da Cubana de Aviación, que caiu logo após de decolar do aeroporto de Havana| Foto: ADALBERTO ROQUE/AFP

Mais de cem pessoas morreram após a queda de um avião nesta sexta-feira (18) em Havana, segundo a imprensa oficial. A aeronave caiu instantes após decolar do Aeroporto Internacional José Martí, na capital cubana.  O número exato de vítimas, porém, ainda não foi divulgado. 

 Inicialmente, o líder da ditadura cubana, Miguel Díaz-Canel, disse que o voo tinha 113 ocupantes —104 passageiros e nove tripulantes —, mas o jornal oficial Granma disse que eram 105, com ao menos cinco crianças. 

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 A publicação também informou que as três sobreviventes, todas mulheres, estão em estado crítico. Uma quarta pessoa, um homem, também teria sobrevivido à queda, mas morreu ao chegar no Hospital Universitário General Calixto García, onde todos estão sendo tratados. 

Díaz-Canel, que foi ao local do acidente, não deu detalhes sobre o que aconteceu. "As notícias não são nada promissoras, parece que há um grande número de vítimas", disse ele. 

Causas em investigação

 As causas do acidente estão sendo investigadas.  A aeronave, um Boeing 737-200, construído em 1979, caiu em uma área rural entre as cidades de Boyeros e Santiago de Las Vegas. O avião trocou de dono por, pelo menos 15 vezes, voando por companhias aéreas do Canadá, Chile, Camarões, México e Caribe. Por cerca de cinco anos foi utilizado pela Marinha americana.

 A imprensa estatal cubana afirmou que o destino do voo era a cidade de Holguín, cerca de 700 km a leste de Havana. O site independente de notícias 14ymedio afirmou que o acidente aconteceu às 12h08 local (13h08 de Brasília).  "Ouvimos uma explosão e então vimos uma grande nuvem de fumaça subir", afirmou Gilberto Menendez, dono de um restaurante próximo ao local do acidente, na região de Boyeros. 

Avião mexicano

 A aeronave pertencia a empresa mexicana Damohj, que usa o nome fantasia de Global Air, mas estava arrendada para a companhia aérea Cubana de Aviación, a principal da ilha. Ela tem dependido fortemente de aeronaves alugadas porque vários de seus aviões de fabricação russa estão no chão por causa da falta de peças sobressalentes.

 Um funcionário da companhia mexicana confirmou que à agência de notícias Associated Press que seis mexicanos faziam parte da equipe que cuidava da aeronave, mas que ainda não sabe se eles estavam a bordo. 

 Yordanis González, que esteve no local próximo ao desastre, disse à BBC Mundo que o "o avião se desfez em pedacinhos, com a asa de um lado e a outra para o outro". "Nós que moramos aqui tentamos ajudar. Ainda estão fazendo buscas para ver se há sobreviventes." 

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