Cento e vinte e oito países votaram a favor nesta quinta-feira (21) de resolução que condena decisão dos EUA de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em sessão emergencial da Assembleia Geral da ONU. Houve 9 votos contra e 35 abstenções.
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Além de Israel, os únicos países a se juntarem aos Estados Unidos foram a Guatemala, Honduras, Togo, Ilhas Marshall, Estados Federados da Micronésia, Nauru e Palau.
Aliados tradicionais dos EUA como o Reino Unido, França, Alemanha e Japão votaram a favor da resolução. Outros se abstiveram como Austrália e Canadá.
Seguindo sua tradicional posicão em relação ao tema, o Brasil votou a favor da resolução, pois entende que a solução deve ser negociada entre Israel e a Palestina, e não ser resolvida unilateralmente.
Ajuda financeira
Na quarta-feira (20), o presidente Donald Trump havia ameaçado cortar a ajuda financeira a países que votassem a favor da resolução, que não é vinculante.
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que estaria "anotando nomes" durante a votação.
Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, qualificou a votação desta quinta (21) de uma "vitória para a Palestina".
"Vamos continuar nossos esforços nas Nações Unidas e em todos os fóruns internacionais para pôr um fim a esta ocupação e para estabelecer nosso Estado palestino com Jerusalém Oriental como sua capital", afirmou Nabil Abu Rdainah.
"Tomaremos nota dessa votação", havia dito Trump na véspera da sessão, denunciando "todos esses países que pegam nosso dinheiro e depois votam contra nós no Conselho de Segurança e na Assembleia das Nações Unidas".
"Deixe que votem contra nós. Vamos economizar um bocado. Não nos importa", acrescentou.
A sessão foi marcada a pedido da Autoridade Nacional Palestina após a votação de uma resolução pelo Conselho de Segurança terminou com 14 votos a favor e o veto dos EUA.
A resolução, redigida pelo Egito, não citava especificamente os EUA ou Trump, mas expressava "profundo desgosto por recentes decisões sobre o status de Jerusalém".
Foi o primeiro veto dos EUA em mais de seis anos, segundo Haley, que qualificou a situação de um "insulto" que "não será esquecido".
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