Fotógrafo da Agência EFE Aldair Mejía é carregado após ter a perna ferida durante protesto no Peru nas imediações do aeroporto de Juliaca.| Foto: EFE/Luis Javier Maguiña
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A Associação Nacional de Jornalistas Peruanos (ANP) reportou nesta sexta-feira (3) que 153 jornalistas foram atacados durante a cobertura dos protestos contra o governo que começaram em 7 de dezembro do ano passado, a maioria em Lima, e frisou que os ataques mais frequentes foram cometidos por policiais.

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Os dados, coletados pelo Escritório de Direitos Humanos da ANP, mostram que os ataques a jornalistas totalizaram 94 em janeiro e revelam que "o maior número foi concentrado em Lima e que os agressores mais frequentes foram agentes da polícia".

A associação destacou que entre os incidentes mais graves estava a "ameaça de morte por agentes policiais contra o fotojornalista Aldair Mejía, da Agência EFE, em Juliaca (departamento de Puno) em 7 de janeiro".

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"Neste caso, horas depois, o fotojornalista foi atingido por um tiro de bala de borracha na perna direita, causando uma fratura óssea", de acordo com o primeiro relatório médico.

Também destacou a detenção de quatro jornalistas da região de Puno, no sul, durante uma operação policial na Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, que foram liberados 30 horas depois, e a agressão contra a equipe jornalística do portal "Wayka.pe", que "não só foram agredidos fisicamente por agentes da polícia, mas também privados do seu equipamento de trabalho".

Além disso, a ANP destacou a "agressão hostil" à qual uma equipe de jornalistas da "América Televisión" foi submetida quando "vândalos embarcavam" no seu veículo, atirando pedras e fazendo com que um deles perdesse dois dentes.

O gabinete da ANP assinalou que no dia 19 de janeiro, quando foi convocada a chamada "Tomada de Lima", foi registrado o maior número de ataques a jornalistas em um único dia, com 19 ataques.

"Este número supera o recorde de 16 ataques que ocorreram em 10 de novembro de 2020, no contexto de protestos em defesa da democracia", afirmou.

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A associação reafirmou o seu papel vigilante no registro dos ataques aos profissionais dos veículos de comunicação e na ativação, junto do público e das organizações da sociedade civil, de medidas de prevenção, defesa e ação face a estes acontecimentos.