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Crise na Segurança Pública

Mais de 2.300 pessoas são detidas no Equador em 10 dias de conflito armado interno

O presidente do Equador, Daniel Noboa, busca estratégias contra o crime organizado no país, que enfrenta uma crise de segurança desde a segunda-feira (8) (Foto: EFE/Javier Otazu)

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O número de pessoas detidas no Equador durante os primeiros dez dias da declaração do governo de um "conflito armado interno" contra o crime organizado chegou a 2.369, sendo 158 casos de acusação por terrorismo.

Os dados constam em um balanço do governo equatoriano divulgado nesta sexta-feira (19) sobre as operações policiais e militares realizadas no país sob esse novo cenário, no qual 22 gangues do crime organizado foram consideradas grupos terroristas e agentes beligerantes não estatais.

Entre 9 e 19 de janeiro, as autoridades equatorianas também afirmam ter matado cinco supostos membros dessas gangues agora classificadas como terroristas. Dois policiais foram mortos e outros 11 foram libertados de vários sequestros aparentemente realizados por esses grupos.

Durante esse período, foram apreendidas 885 armas de fogo, 1.069 armas brancas, 64 alimentadores de armas, quase 26 mil munições e 4.639 explosivos.

As forças da ordem do Equador também apreenderam mais de 6,3 toneladas de drogas e mais de US$ 18.500 (R$ 91 mil) em dinheiro.

De acordo com o último relatório do governo, houve 13 ataques a infraestruturas públicas e privadas e a 12 estabelecimentos policiais nos últimos dez dias. As forças da lei e da ordem realizaram 26.390 operações e apreenderam 15 embarcações.

Em meio ao estado de emergência e ao “conflito armado interno”, com os militares a cargo da segurança, na quarta-feira (17) foi assassinado o procurador César Suárez, responsável pelas investigações sobre o ataque armado ao canal de televisão TC em 9 de janeiro em Guayaquil, que terminou com a prisão de 13 pessoas.

A justiça ordenou a prisão preventiva de duas pessoas supostamente envolvidas no assassinato de Suárez.

A situação de "conflito armado interno" foi declarada pelo presidente do Equador, Daniel Noboa, em 9 de janeiro, em face de uma onda de ataques e ações violentas atribuídas ao crime organizado, que incluiu o sequestro e assassinato de policiais, alertas de explosão, veículos incendiados e tumultos simultâneos em prisões onde foram feitos reféns, agora libertados.

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