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Paramédicos do grupo de resgate israelense Zaka informaram ter recolhido ao menos 260 corpos do festival de música eletrônica no deserto de Negev, próximo da fronteira com a Faixa de Gaza, que foi metralhado no sábado por terroristas do Hamas e de onde vários jovens foram levados como reféns. O ataque sem precedentes levou Israel a declarar guerra ao grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
O evento organizado pela produtora israelense Tribe of Nova era a primeira edição do festival brasileiro de música eletrônica Universo Paralello, criado pelo empresário Juarez Petrillo, pai do DJ Alok, que acontece a cada dois anos na Bahia. Juarez aguardava o momento de se apresentar quando começaram os ataques. Primeiro, a música foi interrompida pela sirene de aviso de mísseis; em seguida, grupos de milicianos armados em caminhonetes abriram fogo em todas as direções. A proposta do festival era uma noite inteira de dança para celebrar o feriado judaico do Sucot, conhecido também como a Festa dos Tabernáculos e Festa das Colheitas.
Centenas de pais ainda aguardam em desespero notícias dos filhos desaparecidos no massacre que chocou Israel. Neste domingo, muitos se dirigiram à delegacia da polícia na cidade de Lod, perto do aeroporto Ben Gurion, que foi disponibilizada como centro de informação sobre os desaparecidos. "Vim salvar a minha filha, que foi raptada em Gaza. Vi um TikTok que a mostrava rodeada de terroristas", disse um pai israelense, que pediu anonimato. O homem teve contato com a filha, de 30 anos, pela última vez quando ela estava no festival de música no deserto do sul de Israel que foi atacado.
Três brasileiros que participavam da rave estão desaparecidos e um quarto, Rafael Birman, ferido por estilhaços, recebeu alta neste domingo. Cerca de três mil jovens participavam do festival de música eletrônica quando os terroristas do Hamas começaram a atirar a esmo, espalhando pânico e morte.