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Cristã em oração na Basílica da Catedral de Santhome, em Chennai, Índia
Cristã em oração na Basílica da Catedral de Santhome, em Chennai, Índia| Foto: EFE/EPA/IDREES MOHAMMED

Um relatório feito pela ong Portas Abertas, dedicada a acompanhar a situação de perseguição relacionada ao cristianismo no mundo, revelou que mais de 270 mil cristãos precisaram deixar suas casas em 2023 devido à intolerância religiosa.

O levantamento considerou essas pessoas como deslocados internos, classificação de quem foi forçado a abandonar sua comunidade, igreja ou residência, mas continua dentro do país onde a perseguição aconteceu.

Os dados levantados pela Lista Mundial de Perseguição deste ano apontam que 278.716 cristãos estão nessa situação atualmente, número que é 120% mais alto do que o registrado no ano anterior.

Além da questão religiosa, outras razões que motivam o deslocamento interno são conflitos armados, muito presentes na África, guerras e catástrofes naturais, como terremotos e inundações.

De acordo com o relatório, esses fenômenos apenas intensificam as ameaças que são constantes para essas pessoas devido à fé cristã.

Segundo a Portas Abertas, as vítimas de deslocamento interno estão localizadas em 60 países do mundo e 70% estão na Nigéria e em Mianmar, o equivalente a 100 mil em cada nação.

Outros países que reúnem cristãos deslocados são Índia, Burkina Faso, Paquistão, Mali, Blangadesh, Níger, República do Conge e Camarões, odne a perseguição se mantém em níveis alarmantes. Ao todo, essas nações reúnem cerca de 77 mil cristãos deslocados.

O relatório revela que a questão mais importante para essas pessoas se torna a sobrevivência. "Nessa situação, os cristãos precisam improvisar moradia, o consumo de alimento e água, tarefas como ir à escola e trabalhar ficam para atrás", diz o levantamento.

Ameaças do Estado Islâmico e outros grupos extremistas

Um dos maiores desafios para os cristãos nesses países é a ameaça terrorista, liderada pelo Estado Islâmico (EI) e grupos semelhantes.

O EI agiu por muitos anos na Síria, levando muitos cristãos a fugirem de suas casas e comunidades. Apesar do reconhecimento de "derrota" da presença naquele país, os extremistas ainda são um perigo para adeptos da fé cristã.

Na Nigéria, um dos países que mais mata religiosos no mundo, o Boko Haram e seu grupo dissidente, conhecido pelo acrônimo ISWAP, influenciados pelo Estado Islâmico, são responsáveis por perpetrar a violência contra os cristãos.

O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados oficiais e da ONU.

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