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imigrantes atravessaram o Mediterrâneo no mês de janeiro, segundo números do Ministério do Interior italiano. A maioria deles provenientes da Síria.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional das Migrações (OIM) denunciaram ontem que pelo menos 300 pessoas estão desaparecidas no mar após tentar atravessar o Mediterrâneo em quatro botes que naufragam devido a uma tempestade.
Segundo os depoimentos dos sobreviventes, chegou-se à conclusão de que quatro balsas com cerca de cem pessoas a bordo cada uma partiram de uma praia próxima a Trípoli, na Líbia, no sábado passado durante a tarde.
Traficantes de pessoas tiraram os pertences dos imigrantes antes do embarque e os levaram para alto mar apesar das péssimas condições meteorológicas. No meio do oceano, foram atingidos por uma forte tempestade e muitos deles morreram.
Na segunda-feira, a guarda-costeira italiana resgatou 106 pessoas que viajavam em uma das balsas, mas 29 delas morreram por hipotermia.
Ontem, um barco comercial italiano resgatou nove imigrantes, dois em um bote e sete em outro.
Desaparecidos
Segundo Joel Millman, porta-voz da OIM, o número de sobreviventes é de 115. "Todos os sobreviventes falam que havia um quarto bote, que não foi encontrado, e que nele estavam cerca de cem pessoas", disse .
"Pensamos que, no total, fizeram a viagem entre 400 e 450 imigrantes, mas é algo que não podemos afirmar com precisão", acrescentou Millman.
A maioria dos imigrantes eram da África Ocidental e tinham chegado na Líbia após sair de Costa do Marfim, Gâmbia, Guiné, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal.