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Em pleno domingo, a Times Square, um dos principais pontos turísticos de Nova York, registra pouco movimento. Foto de 15 de novembro de 2020.
Em pleno domingo, a Times Square, um dos principais pontos turísticos de Nova York, registra pouco movimento. Foto de 15 de novembro de 2020.| Foto: AFP

Centenas de milhares de nova-iorquinos deixaram a cidade desde o início da pandemia de coronavírus, mostram novos números dos Correios dos Estados Unidos. Um total de 295.103 moradores de Nova York solicitaram mudança de endereço entre 1° de março e 31 de outubro de 2020, segundo dados do serviço postal norte-americano obtidos pelo jornal New York Post por meio de uma solicitação de informação.

Ocorre que o número real de pessoas que deixaram a cidade neste ano é muito maior, vez que uma única mudança de endereço pode representar uma família inteira. Além disso, os dados dos Correios não incluem os nova-iorquinos que foram embora e, simplesmente, não mudaram oficialmente seu endereço.

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Entre março e julho de 2019, os nova-iorquinos fizeram 101.342 solicitações de mudança de endereço. Neste ano, foram 244.895 em relação ao mesmo período. A maioria dessas pessoas foram para Long Island, Westchester ou Nova Jersey, embora outros milhares tenham optado por destinos como Los Angeles e Flórida.

A cidade de Nova York foi duramente atingida pela pandemia no início da primavera (no Hemisfério Norte), quando se tornou o epicentro do surto de Covid-19 nos EUA. Além das preocupações com o coronavírus, muitos residentes foram embora quando o crime e o caos começaram a tomar conta da cidade neste ano, principalmente no verão (no Hemisfério Norte). Depois que distúrbios explodiram após a morte de George Floyd, em maio, a taxa de crimes violentos na cidade de Nova York disparou. Enquanto isso, o Conselho Municipal decidiu, em julho, cortar US$ 1 bilhão do orçamento do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD, na sigla em inglês).

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Em outubro, os assassinatos nos cinco distritos da cidade ultrapassaram o número total de assassinatos do ano anterior. Os tiroteios aumentaram 94% até o dia 8 de novembro em comparação com 2019. No fim de agosto, a cidade ultrapassou mil tiroteios pela primeira vez desde 2015.

Outra preocupação para os que se mudaram foi a situação econômica, vez que muitos negócios fecharam por conta do lockdown e das restrições de distanciamento social implementadas na primavera.

Uma pesquisa conduzida pelo Manhattan Institute em setembro apontou que quase metade dos residentes de alta renda da cidade de Nova York, aqueles que ganham US$ 100 mil ou mais por ano, consideraram se mudar nos quatro meses anteriores. 69% dos entrevistados citaram o custo de vida no município como a principal razão para o desejo de partir.

Na última quarta-feira (11), o governador Andrew Cuomo anunciou novas restrições de distanciamento social no estado, à medida em que os casos de coronavírus voltam a crescer na localidade. Todos os estabelecimentos com licença para vender bebidas alcoólicas, incluindo bares e restaurantes, devem fechar, no máximo, às 22h. O mesmo vale para academias. Além disso, reuniões particulares estão limitadas a 10 pessoas.

©2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.

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