Ouça este conteúdo
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou nesta terça-feira (3) que mais de 300 mil pessoas se inscreveram para integrar as Forças Armadas do país neste ano. Apesar do número, Shoigu afirmou que a Rússia não tem planos para mobilizar novos indivíduos para as atividades militares do país.
"Não há planos para uma mobilização adicional", afirmou Shoigu a generais de alto escalão em uma transmissão televisiva.
"As Forças Armadas têm o número necessário de pessoal militar para conduzir a operação militar especial [a invasão à Ucrânia]", disse ele.
Segundo informações da Agência Reuters, os russos estão aumentando a produção de armas com objetivo de fortalecer suas Forças Armadas. O país tem se preparado para uma guerra prolongada na Ucrânia, onde as linhas de frente mal se moveram nos últimos 12 meses.
Shoigu, um forte aliado do presidente Vladimir Putin, elogiou o “patriotismo” daqueles que se voluntariaram.
"Desde o início do ano, mais de 335 mil pessoas ingressaram no serviço militar sob contrato e em formações voluntárias", disse.
"Apenas em setembro, mais de 50 mil cidadãos assinaram contratos”, completou.
Os números indicam um progresso significativo da Rússia na contratação de novos recrutas e na absorção de novos combatentes da força mercenária Wagner em suas "formações voluntárias".
Em setembro do ano passado, Putin ordenou uma "mobilização parcial" de 300 mil reservistas, levando milhares de jovens a fugir da Rússia para evitar serem enviados para a luta em solo ucraniano.
Putin tem repetido que não “há necessidade de repetir a mobilização”, considerada por alguns oficiais russos como um “erro”, pois motivou muitos a deixarem o país.