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RIAD - Trezentos e quarenta e cinco peregrinos morreram e outros 289 ficaram feridos nesta quinta-feira em meio a uma multidão que participa em Meca, na Arábia Saudita, do haj, a mais importante festividade religiosa do Islã. As mortes ocorreram na ponte de Jamarat, que leva a Mena, durante o ritual do "apedrejamento do diabo". A maioria das vítimas seria originária de Paquistão, Afeganistão, Índia e Egito.

- Até agora, o número de mortes confirmadas é 345 e o número de feridos no hospital é 289 - contou o ministro da Saúde saudita, Hamad bin Abdullah al-Manei.

O haj, que reúne cerca de dois milhões de pessoas, já foi marcado por tragédias de dispersão desordenada de fiéis. O festival, que acontece todo ano e atrai muçulmanos de várias partes do mundo, começou no domingo e termina nesta quinta-feira.

A peregrinação a Meca é um dos cinco pilares da religião islâmica. De acordo com o Corão, o livro sagrado do Islã, todo muçulmano deve ir pelo menos uma vez na vida à cidade saudita.

- As pessoas morreram tentando chegar à ponte para cumprir o apedrejamento. Mas uma onda de pessoas veio da outra direção. Aí foi quando as pessoas morreram - disse o fiel Amr Gad.

Para evitar grandes tumultos e qualquer ameaça terrorista, o governo saudita destacou 60 mil homens das forças de segurança para acompanhar a festividade, em um esquema sem precedente.

Em 1990, mais de 1.400 peregrinos morreram em um tumulto semelhante em um dos túneis que leva às colunas de Mena, onde os fiéis lançam sete pedras recolhidas durante o caminho contra três muro que representam o mal e a tentação. Uma nova tragédia foi registrada em 2004, quando 244 morreram durante o ritual, considerado o mais perigoso da peregrinação.

A partir do próximo ano, o caminho para o ritual será feito por outra ponte, que vai substituir a atual.

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