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Mais de 3.500 sírios que fugiram da repressão militar aos protestos pró-democracia no seu país já se cadastraram junto à ONU no vizinho Líbano, disse um relatório da entidade, citando a chegada de mais de 600 refugiados só nas últimas duas semanas.

O texto do Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados), publicado na sexta-feira, diz que 3.580 sírios se cadastraram no norte do Líbano desde o início dos protestos contra o presidente Bashar al Assad, em março.

"A maioria dos sírios que foi desalojada das suas aldeias nas últimas semanas entra no Líbano pelos postos de fronteira oficiais, já que as passagens fronteiriças extraoficiais estão, segundo consta, sendo fortemente vigiadas pelas autoridades sírias", disse o relatório.

"Alguns manifestaram a preocupação de que o número reduzido de passagens fronteiriças disponíveis possa impedir as pessoas de saírem da Síria, por medo de que precisem dar seus nomes às autoridades sírias nos pontos oficiais que permaneceram abertos."

A montanhosa região de Wadi Khaled, no norte do Líbano, onde os refugiados ficam, é conhecida como ponto de contrabando de gasolina e de certos produtos alimentícios que são mais baratos na Síria.

A ONU diz que 2.600 pessoas já foram mortas na Síria desde o início dos protestos, que são parte da onda de rebeliões conhecida como Primavera Árabe.

As autoridades sírias, por sua vez, dizem que os distúrbios são causados por gangues armadas apoiadas por governos estrangeiros, e que 700 soldados e policiais já foram mortos.

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