Bagdá A polícia iraquiana confirmou ontem o seqüestro de mais de 40 pessoas ao longo de uma estrada ao norte de Bagdá, no mesmo dia em que o número de vítimas em um ataque suicida a bomba em uma festa de casamento subiu para 23.
Os seqüestros ocorreram ontem perto da cidade de Tarmiyah, região que foi cenário, no mês passado, de diversos ataques decorrentes da violência sectária entre sunitas e xiitas, em Balad.
O mais provável é que as mais de 40 pessoas desaparecidas tenham sido seqüestradas, calcula o Centro de Cooperação Conjunta de Tikrit, 130 quilômetros ao norte de Bagdá.
Também ontem, homens armados em um veículo privado assassinaram um policial no centro de Bagdá quando ele voltava para casa, segundo a polícia. Um segundo policial estava entre as três vítimas de um ataque na cidade de Mossul, no norte do Iraque. Corpos de outras três vítimas com olhos vendados e mãos amarradas foram encontrados na periferia de Bagdá.
Muitos corpos com as mesmas características foram encontrados no Iraque nos últimos meses. A maioria são de vítimas dos milicianos que seqüestram e torturam civis.
Os esquadrões da morte também não têm poupado os soldados norte-americanos, fazendo com que o apoio à guerra caia dia a dia nos Estados Unidos. A desaprovação tem um efeito devastador sobre a popularidade do presidente norte-americano, George W. Bush, e deve influenciar também o comportamento dos eleitores na eleição parlamentar de 7 de novembro.
Uma pesquisa de intenção de votos encomendada pelo Wall Street Journal mostra que 52% dos norte-americanos querem que os democratas fiquem com a maioria das cadeiras. Os republicanos, personificados por Bush, têm o apoio de 37%. Ao que tudo indica, Bush terá enfrentar os dois últimos anos de mandato sem ter maioria no Congresso.
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