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Mais de 50 dirigentes mundiais reúnem-se a partir de segunda-feira (24) em Haia, na Holanda, para discutir como evitar ataques nucleares terroristas, em um encontro considerado decisivo pelos Estados Unidos, mas que pode ter como tema dominante a crise na Ucrânia.

À margem da Cúpula de Segurança Nuclear, e por iniciativa do presidente norte-americano, Barack Obama, os líderes do grupo das sete maiores economias mundiais (G7 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Japão) vão se reunir para discutir sanções adicionais a impor à Rússia pela anexação da Crimeia.

Segundo diplomatas, a reunião do G7 será segunda-feira, para permitir que, no dia seguinte, os participantes dediquem-se exclusivamente à discussão de meios de garantir a segurança dos arsenais nucleares mundiais e impedir que organizações como a Al Qaeda adquiram as chamadas "bombas sujas", constituídas por explosivos convencionais e materiais radioativos.

Obama prometeu fazer da segurança nuclear um ponto central do seu legado político, tendo afirmado, em 2009, que o terrorismo nuclear era "a ameaça mais imediata e extrema à segurança global". O presidente americano fixou como objetivo colocar em segurança todos os materiais nucleares vulneráveis e organizou reuniões de cúpula sobre segurança nuclear em Washington, em 2010, e em Seul, capital da Coreia do Sul, em 2012. Depois da cúpula de Haia, está prevista mais uma para 2016.

Um dos objetivos é convencer os países com reservas de urânio altamente enriquecido e plutônio, materiais que podem ser usados para fabricar a bomba atómica, a abdicar delas e a optar por reservas de urânio menos enriquecido.

A Holanda, que para sediar a cúpula, montou uma operação de segurança sem precedente no país, definiu três objetivos: reduzir a quantidade global de materiais nucleares, proteger materiais radioativos e reforçar a cooperação internacional em segurança nuclear.

Segundo especialistas, praticamente todos os países têm materiais radioativos que podem ser usados para fabricar uma "bomba suja".

A declaração final da Cúpula de Haia deverá conter orientações para o futuro, mais do que estabelecer quaisquer regras concretas.

A Ucrânia, que atualmente é tema obrigatório na agenda dos dirigentes mundiais, por causa da grave situação política, foi um dos "casos exemplares" apresentados na Cúpula de Seul, em 2012,

Participarão do encontro de Haia, além de Barack Obama, os presidentes da França, François Hollande, da China, Xi Jinping, da Coreia do Sul, Park Geun Hye, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, do Canadá, Stephen Harper, e da Ucrânia, Arseni Iatseniuk. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, será o representante da Rússia.

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