Manifestantes seguram fotos de Mechaal Tamo, assassinado na última sexta-feira: protestos em cidades sírias já duram sete meses| Foto: Reuters

Líbia

Reduto de Kadafi é alvo de novo ataque

As forças revolucionárias do governo interino da Síria cercaram a cidade natal de Muamar Kadafi, Sirte, preparando-se para mais uma tentativa de tomar o local, um dos últimos focos de apoio ao líder fugitivo. As forças anti-Kadafi chegaram a menos de 500 metros de onde estão concentrados os defensores do ditador, nos arredores do centro de conferências de Ouagadougou e da Praça Verde, no coração de Sirte.

Sirte é o último grande ponto de defesa do regime de Kadafi desde sua queda em agosto. As forças revolucionárias cercam a cidade, que fica na costa do Mediterrâneo, com armamento pesado, tentando espremer forças leais ao antigo regime em um pequeno espaço. Residentes que abandonaram Sirte dizem não haver eletricidade, água ou alimentos no local.

Agência Estado

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Mais de 50 mil pessoas assistiram ao funeral do opositor e líder curdo Mechaal Tamo, assassinado na última sexta-feira em Qamichli, nordeste da Síria. "O funeral se transformou em uma manifestação que exigia a queda do regime do ditador Bashar al Assad", informou o Observatório Sírio dos Di­­reitos Humanos (OSDH), em um comunicado. Forças de segurança abriram fogo contra a multidão. Pelo menos duas pessoas morreram, segundo testemunhas. A violência segue-se há sete meses de revolta contra o presidente sírio, Bashar Assad.

Os ativistas disseram que as forças de segurança abriram fogo também contra pessoas que acompanhavam o cortejo de três pessoas mortas no subúrbio de Dou­ma, em Damasco.

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Tamo, de 53 anos, ex-prisioneiro político e porta-voz do Partido Futuro Curdo, foi também membro de um comitê executivo do recém formado Conselho Nacional Sírio, frente que reuniu figuras da oposição de dentro e fora do país em uma tentativa de unir o fragmentado movimento dissidente da Síria. Tamo vinha sendo fundamental na organização de protestos contra o governo em Qamishli nos meses recentes.

Reação

A União Europeia (UE) condenou "com a maior firmeza" o assassinato e manifestou sua preocupação com a repressão neste país.

O presidente dos Estados Uni­­dos, Barack Obama, pediu que Bashar Assad deixe o poder "agora", enquanto advertiu que seu regime estava levando o país a "um caminho muito perigoso". O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, condenou em um comunicado o assassinato de Tamo, assim como o ataque a um proeminente ativista sírio, ao afirmar que isso de­­monstra "mais uma vez que as promessas de diálogo e reforma do regime de Assad são vazias".