O chefe da polícia iraniana, general Ismail Ahmadi Moghaddam, afirmou nesta quarta-feira (30) que mais de 500 manifestantes da oposição foram detidos desde os confrontos de domingo, que deixaram oito mortos. Moghaddam disse também que o número de prisões pode ser maior porque integrantes da milícia Basij e agentes de inteligência podem ter detido mais pessoas por conta própria. Os confrontos do domingo foram os mais violentos desde os desdobramentos da eleição presidencial de junho.
Segundo a agência de notícias semioficial "Fars", o sobrinho do líder opositor Mir Hossein Mousavi, um dos mortos no domingo, foi enterrado hoje. Autoridades haviam retirado o corpo do hospital no início da semana, numa aparente tentativa de evitar que o funeral se transformasse em um protesto.
Em Genebra, a Alta Comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, disse hoje estar chocada com a recente violência no Irã e pediu ao governo que impeça as forças de segurança de usar força excessiva.
Pillay também afirmou que está "chocada com o aumento do número de mortos, feridos e detidos". Segundo ela, as pessoas têm o direito de protestar pacificamente sem serem espancadas ou levadas à prisão.
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