Um total de mais de 500 mulheres e crianças teriam sido sequestradas pelo Boko Haram nos ataques ocorridos no último dia 3, segundo testemunhas ouvidas pela Anistia Internacional e a AFP. Após invasão à região Baga, que matou ao menos 150 pessoas — estimativas continuam em aberto porque a região está tomada —, soldados do grupo radical islâmico teriam mantido centenas de pessoas em um internato de meninas, e várias teriam sido libertadas dias depois. O episódio foi o mais sangrento da história do Boko Haram.

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Uma das sobreviventes, Kaltuma Wari afirmou que havia mais de 500 reféns junto a ela no local. O número não pôde ser confirmado, mas a Anistia Internacional havia recebido relatos do mesmo cativeiro a partir de outras mulheres libertadas. Na quinta-feira, um relatório divulgado pela organização trazia a informação de que ao menos 300 mulheres teriam ficado presas. As mais jovens teriam continuado por lá, e as mais velhas foram soltas após quatro dias.

Um sobrevivente afirmou também ter encontrado três mulheres e um bebê, que fariam parte do grupo libertado. Ele ouviu o mesmo relato.

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No início dos relatos, um número de até 2 mil vítimas fatais era estimado. O Exército, que costuma manter uma contagem mais conservadoras, diminuiu para 150 mortos. No entanto, não é possível verificar ainda de forma independente o número definitivo.

O presidente Goodluck Jonathan fez uma visita-surpresa a região de Borno. Ele prometeu combater o grupo e dar apoio aos desabrigados. As eleições presidenciais e legislativas na Nigéria ocorrem no próximo dia 14.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) estima que mais de 11.300 pessoas fugiram e se protegeram no vizinho Chade por vários dias. O Médicos sem Fronteiras (MSF) afirmou que irá ajudar 5 mil sobreviventes do ataque que estão refugiados em Maiduguri, capital de Borno.