Mais de 60 países assinaram ontem o primeiro tratado sobre a venda internacional de armas convencionais aprovado após de anos de negociações na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 2 de abril.
Os Estados Unidos se abstiveram de assinar o documento na primeira rodada, mas apoiaram a iniciativa na Assembleia Geral. O país, maior exportador de armas do mundo, acenou a possibilidade de assinar o tratado posteriormente.
Entre os signatários do bloco latino-americano estão o Brasil, o Chile, o Uruguai e a Argentina.
O representante permanente do Brasil na Conferência do Desarmamento, embaixador Antonio José Vallim Guerreiro, disse em seu discurso que o tratado "constitui uma importante contribuição para a proteção de populações civis em situações de conflitos, para a prevenção de conflitos internacionais e para a redução da violência urbana armada".
Alvo
O tratado inclui tranques de guerra, veículos blindados de combate, aviões, helicópteros de ataque, mísseis, lança-mísseis e armas menores. A lista não envolve os aviões não tripulados, conhecidos como drones, blindados de tropas e os equipamentos militares.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assegurou que o acordo vai colocar fim ao comércio indiscriminado de armas.
O Tratado do Comércio de Armas foi adotado há um mês, com o respaldo de 154 países. Apenas três países votaram contra o acordo Síria, Coreia do Norte e Irã e 22 se abstiveram.
Para que entre em vigor, ele deverá ser ratificado por pelo menos 50 países membros da ONU, processo que pode levar até dois anos.