Mais de 700 pessoas foram acusadas de violência, desordem e saques nas ruas de Londres na semana passada, disse hoje a polícia britânica, ao mesmo tempo em que milhares de policiais foram destacados para fazer a segurança em várias cidades britânicas durante o final de semana. Por enquanto, os policiais não relataram qualquer incidente.
Centenas de lojas foram saqueadas, prédios colocados em chamas e cinco pessoas morreram em meio a uma revolta iniciada sábado passado no subúrbio e centro de Londres e que se espalhou pela Inglaterra nos quatro dias seguintes.
A Polícia Metropolitana disse que 1,222 mil suspeitos foram presos e 704 acusados de participarem da violência e desordem em Londres. No país, mais de 1,7 mil pessoas foram presas. As cortes judiciais de Londres, Birmingham e Manchester permaneceram abertas 24 horas desde a quarta-feira para dar conta das centenas de casos de acusados.
Embora a desordem tenha envolvido várias comunidades éticas britânicas, a violência causou temores de aumento na tensão racial, especialmente em Birmingham, onde três homens do sul da Ásia foram mortos na terça-feira, atingidos por um automóvel supostamente dirigido por jovens negros.
A polícia disse hoje que cinco homens entre 16 e 28 anos - todos da área de Birmingham, estão sob custódia sob suspeita de assassinato. Dois dos homens foram presos ontem à noite e a polícia recebeu autorização para prosseguir com o questionamento a três outros homens que foram presos no início da semana. A polícia informou ainda que um homem de 21 anos foi acusado de roubo e agressão a um estudante da Malásia, que filmou o ataque. O estudante foi atacado por cerca por 20 adolescentes e pré-adolescentes durante os conflitos em Londres.
A polícia britânica foi criticada por não ter respondido com força suficiente à desordem no início. O primeiro-ministro, David Cameron, disse que "poucos policiais foram postos nas ruas e que as táticas que utilizaram não estavam funcionando". No final da sexta-feira, o escritório de Cameron disse que o primeiro-ministro havia convocado a ajuda de William Bratton, ex-chefe de política de Nova York, para lidar com a violência das gangues no Reino Unidos. As informações são da Associated Press.
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