Mais de 800 pessoas tiveram seus telefones interceptados ilegalmente pelo tablóide News of the World, hoje um jornal extinto, informou neste sábado (10) a polícia britânica que está investigando as supostas práticas ilícitas da empresa.

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Por meio de comunicado, a Polícia Metropolitana de Londres informou que entrou em contato com 2.037 pessoas durante a investigação, que já dura um ano, das quais 803 são supostas vítimas dos grampos telefônicos do tablóide de sucesso do grupo News Corp, de Rupert Murdoch.

Foi a primeira vez em que a polícia divulgou um número geral das supostas vítimas do escândalo do News of the World.

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"Estamos confiantes de que entramos em contato pessoalmente com todos aqueles que foram alvos ou prováveis alvos das interceptações", disse a vice-comissária assistente da Polícia Metropolitana, Sue Akers, em entrevista ao The Times e publicada neste sábado.

A mídia, os políticos e a polícia da Grã-Bretanha foram abalados neste ano pelas revelações de que jornalistas e investigadores particulares haviam acessado ilegalmente mensagens de voz nos celulares para obter fofocas que pudessem ser publicadas. O inquérito também está investigando se os jornalistas pagaram a polícia para obter as informações.

O escândalo obrigou o News Corp a fechar o tablóide semanal News of the World em julho. Algumas autoridades policiais de Londres renunciaram e o assessor de imprensa do primeiro-ministro David Cameron, ex-editor do tablóide, deixou o cargo e foi preso.

A polícia já prendeu 20 pessoas ligadas ao caso até o momento, enquanto outras estão detidas por suspeita de invadir computadores e pagar a polícia para conseguir informações.

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