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Fuga de talentos

Mais de 92 mil cientistas, médicos e engenheiros emigraram da Venezuela, diz oposição

Pessoas fazem fila para receber a vacina da Covid-19 em centro de vacinação em Caracas, Venezuela, 30 de julho (Foto: EFE/RAYNER PEÑA R)

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Cerca de 92 mil cientistas, médicos, engenheiros e arquitetos emigraram da Venezuela nos últimos anos, denunciou nesta segunda-feira a oposição liderada por Juan Guaidó, considerando que esta saída de especialistas é "uma grande fuga de talentos".

"Pelo menos 92 mil cientistas, médicos, engenheiros e arquitetos emigraram da Venezuela nos últimos anos. Sem dúvida, uma grande perda de talentos", escreveu o ex-parlamentar da oposição Carlos Valero em sua conta no Twitter.

Por esta razão, considerou que "é urgente uma mudança política no país, para que todo venezuelano que partiu, volte" e, desta forma, uma alternativa para a nação possa ser construída.

Segundo a ONU, cerca de 5,7 milhões de venezuelanos deixaram seu país em busca de um futuro melhor diante da crise local. A Colômbia é o país que mais recebeu migrantes, cerca de 1,7 milhão, seguido do Peru (1 milhão) e Estados Unidos (465 mil), segundo a plataforma de coordenação interinstitucional regional da ONU.

Êxodo de médicos

Devido a esta migração, o diretor executivo da ONG Médicos Unidos de Venezuela (MUV), Jorge Lorenzo, explicou recentemente à Efe que estudos sindicais mostram que "32 mil médicos tinham partido" até março de 2020, época em que começou a pandemia.

Na especialidade de bioanálise e enfermagem, até dezembro do ano passado, havia um êxodo entre 60% e 70% do número total de profissionais desses setores.

Esta situação, somada à morte de profissionais da saúde durante a pandemia da Covid-19, durante a qual diferentes organizações e sindicatos denunciaram que não possuem equipamentos de proteção suficientes, levou o MUV a alertar que o país está ficando sem "profissionais da saúde".

Diante dessa situação, Lorenzo alertou no mês de maio que, desde dezembro, "profissionais da saúde começaram a fazer outra migração sem sair do país, procurando outras alternativas de trabalho".

"Alguns foram para o setor privado, outros passaram a cuidar dos pacientes em casa e outros foram da saúde para trabalhar em outra coisa", frisou.

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