Um crescente número de detentos libertados da prisão militar de Guantánamo está aderindo a grupos insurgentes, disse o Pentágono nesta quarta-feira.
Soube-se recentemente que ex-detentos da base naval dos Estados Unidos, que fica encravada em Cuba, têm um papel de liderança na Al Qaeda da Península Arábica - grupo que reivindicou o frustrado atentado do dia de Natal num voo Amsterdã-Detroit.
O presidente Barack Obama prometeu no início de seu mandato desativar a prisão de Guantánamo, mas na terça-feira ele anunciou a suspensão da transferência de presos para o Iêmen, citando razões de segurança.
Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono, disse que a cifra mais recente, ainda sigilosa, mostra um aumento contínuo desde abril de 2009, quando o Departamento de Defesa revelou que 14 por cento dos ex-detentos aderiam ou eram suspeitos de aderir a grupos insurgentes. Em dezembro de 2008, a cifra era de 11 por cento.
Morrell ressalvou que se trata de uma "ciência inexata" por se basear em "afirmações subjetivas a partir de julgamento e inteligência e, por isso, não há resposta irrefutável neste campo."
Mesmo assim, acrescentou: "Precisa haver uma melhor contabilização dos detentos."
Restam 198 prisioneiros na base de Guantánamo, que já chegou a abrigar 750. Os iemenitas são 91 dos ainda detidos.
Obama já admitiu que não conseguirá cumprir sua promessa de fechar a prisão em um ano, feita na época de sua posse, em janeiro de 2009. No mês passado, o governo anunciou que iria comprar uma prisão em Illinois e reforçar sua segurança para receber alguns presos de Guantánamo.
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