Nova Orleans (EFE) Apesar de o Rita ter atingido uma área 320 quilômetros a oeste de Nova Orleans, a cidade, já devastada, também sentiu os efeitos desse furacão, que chegou mais fortemente ao Texas e ao Louisiana na madrudaga de ontem, porque as marés altas provocadas por ele ultrapassaram o sistema de diques da cidade. Em cenas que lembravam os dias depois da chegada do Katrina, em 29 de agosto, a água do canal industrial da cidade inundou ruas onde praticamente todas as casas já estavam arruinadas.
No entanto, nas últimas horas os diques que protegem o centro da cidade não sofreram novos rompimentos, embora ainda sejam temidos os efeitos das fortes chuvas anunciadas. O Serviço Meteorológico Nacional divulgou que Nova Orleans poderia receber entre 8 e 10 centímetros de água de chuva por hora à medida que o Rita passasse pela cidade.
Na sexta-feira, ondas geradas pela passagem do furacão por águas do Golfo do México provocaram a ruptura de um dos diques já danificados pelo Katrina no fim de agosto, provocando uma nova inundação de partes da cidade. Um segundo dique no Canal Industrial também foi danificado pela ressaca, levando água a Nova Orleans.
Na manhã de ontem, a inundação chegava a 1,5 metro de altura na circunscrição 9 de Nova Orleans, que está desabitada desde o impacto do Katrina. A televisão local WWL informou que a nova inundação provocada pelo Rita e pelas precipitações associadas a ele poderia atrasar as tarefas de limpeza e recuperação daquela parte de Nova Orleans por cerca de três semanas. O grupo de engenheiros, encarregado das tarefas de reparação dos diques de Nova Orleans, informou que poderia começar a trabalhar na reparação das novas rachaduras assim que as condições meteorológicas permitirem.