Dezenas de sobreviventes do naufrágio do navio Costa Concordia na Itália aderiram recentemente a uma ação judicial na Flórida que acusa os proprietários da embarcação de fraude e negligência, solicitando pelo menos US$ 528 milhões em indenizações. Uma versão emendada do processo foi protocolada nesta terça-feira (14) num tribunal de Miami, tendo como réus a empresa Carnival Corp, que tem sede em Miami, e várias das suas subsidiárias, inclusive a Costa Cruise Lines, da Flórida, e a Costa Crociere, da Itália. Seis sobreviventes iniciaram a ação em janeiro, mas depois disso outros 33 aderiram, elevando o total a 39. A Carnival não quis comentar o processo. O Costa Concordia afundou em 13 de janeiro na costa da ilha italiana de Giglio, com mais de 4.200 pessoas a bordo, das quais 32 morreram. A Costa Crociere, operadora do navio, atribuiu o acidente a uma negligência do seu comandante, que teria se aproximado demais da ilha. A ação diz que a tripulação não realizou exercícios de segurança, que o navio estava fora da rota, que o capitão esperou demais até dar a ordem de evacuação, que os funcionários se atrapalharam nessa operação, e que a empresa causou danos emocionais ao não fornecer uma assistência rápida e imediata aos sobreviventes. "Os autores da ação se viram em um navio que adernava, virava e afundava, sem comunicação, orientação ou ajuda do capitão, e com orientações equivocadas dos tripulantes entre aproximadamente 21h45 e até aproximadamente 23h, e foram deixados para se virarem sozinhos", diz a ação.
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