A morte de um ministro do governo do presidente russo, Vladimir Putin, ao retornar de Cuba se soma à longa lista de incidentes inexplicáveis envolvendo representantes da elite russa recentemente.
De acordo com informações da CNN, o russo Petr Kucherenko morreu de causas desconhecidas depois de passar mal no avião no último sábado (20).
Aos 46 anos, Kucherenko era secretário de Estado e vice-ministro da Ciência e do Ensino Superior da Rússia. Em um comunicado, o ministério afirmou que “Kucherenko passou mal em um avião com uma delegação russa que voltava de uma viagem de negócios a Cuba. O avião pousou na cidade de Mineralnye Vody, onde os médicos tentaram socorrê-lo”. Apesar dos esforços, o ministro russo não pôde ser salvo, segundo a pasta.
A família de Kucherenko disse que sua morte pode ter sido causada por um problema cardíaco. Um exame forense será realizado nesta quarta-feira (24), segundo a emissora estatal Zvezda.
O jornalista Roman Super, que fugiu da Rússia logo após a invasão da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, disse em seu canal no Telegram que havia falado com Kucherenko apenas alguns dias antes de fugir do país.
Segundo ele, foi Kucherenko quem o encorajou a fugir da Rússia, por acreditar que sua segurança estava em risco. “Salve você e sua família. Saia o mais rápido possível. Você não pode imaginar o grau de brutalização do nosso Estado. Em um ano, você não reconhecerá a Rússia. Ao sair, você está fazendo a coisa certa”, teria dito a ele o ministro.
Não é a primeira vez que uma pessoa influente ligada ao governo russo morre de forma estranha. Ao longo de 2022, diversos outros nomes ligados ao Kremlin, que de alguma forma fizeram críticas ao governo de Putin, tiveram um fim sem explicação.
Entre eles, estão o empresário russo Pavel Antov e seu amigo Vladimir Budanov, que morreram em um hotel na cidade indiana de Rayagada. De acordo com informações russas, Pavel teria morrido após “cair de uma janela”, enquanto Budanov morreu vítima de um “derrame”.
A morte deles se juntou às de Leonid Shulman, Alexander Tyulyakov, Mikhail Watford, Vasily Menikov, Vladislav Avaev, Sergey Protoseny, Alexander Subbotin e Yuri Voronov, que eram pessoas influentes no país e também tiveram mortes extremamente suspeitas.
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