Acusada de sequestro de menores, uma missionária norte-americana detida por mais de um mês no Haiti foi libertada ontem e já voou de volta para os Estados Unidos. A líder do grupo batista envolvido no caso segue presa.

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Charisa Coulter e Laura Silsby eram as últimas duas missionárias presas de um grupo de dez pessoas detidas por tentar retirar do Haiti 33 crianças, após o terremoto de 12 de janeiro que devastou o país. As outras oito pessoas foram liberadas em 17 de fevereiro.

Charisa, de 24 anos, foi libertada ontem e levada rapidamente ao aeroporto pelo pessoal da embaixada dos EUA. O pai dela confirmou que a filha já chegou a Miami, na tarde do mesmo dia. Laura Silsby, de 40 anos, afirmou estar contente pela libertação da colega. "E espero que a minha chegue logo", disse. O advogado de defesa Louis Ricardo Chachoute previu que Laura deve ser liberada em breve.

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A prisão do grupo ocorreu no momento em que as autoridades haitianas tentavam tomar medidas mais enérgicas contra as adoções não autorizadas, a fim de evitar o tráfico de menores em meio ao caos provocado pelo terremoto de 12 de janeiro. Inicialmente, Laura disse que as crianças haviam ficado órfãs durante o tremor, que deixou 230 mil mortos segundo números oficiais. Logo, porém, foi descoberto que os pais de alguns deles haviam entregado os menores para adoção.

O grupo pretendia levar as crianças para um orfanato na República Dominicana. O juiz liberou oito dos acusados em fevereiro, após concluir que os pais entregaram os filhos voluntariamente, acreditando que os norte-americanos lhes dariam melhores condições de vida. Na opinião do magistrado na ocasião, porém, Charisa e Laura ainda precisavam responder a algumas questões.