Os maldivos votaram de forma pacífica neste sábado no segundo turno das eleições presidenciais, após três tentativas fracassadas nos dois últimos meses que aprofundaram a crise institucional no arquipélago asiático.

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Cerca de 240 mil cidadãos estavam convocados às urnas para um pleito no qual o favorito para o triunfo é o ex-presidente Mohammed Nashid, deposto em fevereiro do ano passado em uma revolta policial.

Segundo a imprensa local, algumas centenas de pessoas permanecem fora dos colégios eleitorais da capital Malé, à espera dos resultados, que serão divulgados de forma preliminar à meia-noite de hoje e de forma definitiva amanhã.

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A jornada transcorreu sem incidentes graves de violência, mas houve alguns detidos, de acordo com a polícia, segundo o portal "Minivannews".

Nashid, que à frente do Partido Democrático Maldivo (MDP), obteve 46% dos sufrágios no primeiro turno realizado no sábado passado, enfrenta Abdullah Yamín, do Partido Progressista (PPM) e meio-irmão do ex-ditador maldivo Maumun Abdul Gayum, que alcançou 30% dos votos.

Estas eleições presidenciais, as segundas democráticas na história do país, estiveram infestadas de atrasos e problemas.

No último dia 7 de setembro, Nashid obteve mais de 45% dos votos, mas o pleito foi cancelado pela Corte Suprema devido a irregularidades como sufrágios múltiplos e de pessoas falecidas.

Já no dia 19 de outubro este primeiro turno deveria ter sido repetido, mas a polícia impediu a votação com o argumento que não se cumpriam as condições fixadas pelo Supremo para realizar o processo com "normalidade".

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Finalmente, no sábado passado se repetiu o primeiro turno, mas o segundo previsto para o dia seguinte foi adiado pela Corte Suprema, que sustentou que não havia tempo suficiente para preparar a jornada eleitoral.

As ilhas Maldivas estão desde fevereiro de 2012 imersas na instabilidade: após uma ditadura de 30 anos, Nashid, o primeiro presidente eleito democraticamente em 2008, se viu forçado a renunciar, pressionado por simpatizantes do anterior ditador.

As Maldivas são um pequeno arquipélago do Oceano Índico com uma pujante indústria turística que até agora aplicou de forma liberal os preceitos do islã, a religião oficial do Estado e credo quase unânime entre seus pouco menos de 400 mil cidadãos.