Casa Branca exige retorno da ordem constitucional no Mali
Os Estados Unidos "condenam com veemência" o golpe de Estado no Mali e exigem "o retorno imediato da ordem constitucional" no país, declarou nesta quinta-feira (22) o porta-voz da Casa Branca
Mali, na África Ocidental, foi alvo nesta quarta-feira (22) de um golpe de Estado promovido por forças militares, lideradas pelo capitão Amadou Sanogo. A confirmação do ato foi feita pelo próprio oficial. Sanogo disse que comanda o Comitê Nacional para a Recuperação da Democracia e Restauração do Estado (CNRDRE). Os militares alegaram que encerram um período de governo marcado pela incompetência.
Ao anunciar a tomada do poder, os militares disseram que foram dissolvidas as instituições e suspensa a Constituição. A mensagem foi transmitida à população por meio das emissoras de televisão.
O país, com pouco mais de 12 milhões de habitantes, mantinha um regime denominado semipresidencialista. O presidente era Amadou Toumani Touré e o primeiro-ministro Cissé Mariam Kaïdama Sidibé. Mali conseguiu sua independência da França em 1960.
De acordo com os militares que participaram do ato, houve embates com a guarda presidencial. Segundo eles, alguns ministros de Estado foram detidos. As sedes das emissoras de rádio e televisão estatais foram ocupadas.
A União Europeia (UE) condenou o golpe de Estado e apelou pelo retorno à ordem constitucional. "Condenamos a tomada de poder pelos militares e a suspensão da Constituição", disse Michael Mann, porta-voz da Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Catherine Ashton.
De acordo com informações de especialistas, a origem do golpe de Estado é o descontentamento dos militares com a falta de meios para combater os rebeldes tuaregues no Norte do país. Mali tem sofrido ataques do Movimento Nacional para a Libertação de Azawad. Oficialmente, o governo disse que o movimento é liderado por integrantes da Al Qaeda.
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